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Esportes não populares vêm ganhando adeptos no Brasil

novembro 30, 2007

 

            Bola oval, tacos, jardas e bases. Quem pensou nos Estados Unidos se enganou. Os esportes não populares vêm ganhando cada vez mais adeptos no País e esses estão em busca de seus espaços.

Quando se fala em esportes no Brasil a imagem mais comum a ser formada está ligada ao futebol ou raramente ao vôlei. O futebol pela imensa popularidade do jogo no País, como também por causa da tradição vitoriosa da Seleção Brasileira. O vôlei porque ao longo do tempo tem angariado muito respeito, principalmente porque a seleção de Bernardinho foi eleita a melhor do mundo. 

Mas o que boa parte das pessoas no Brasil não sabe, é que cada vez mais, times de futebol americano de praia, rúgbi, beisebol e softbol são criados e tem nos seus jogadores verdadeiros apaixonados por esses esportes.

De acordo com o assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS) Eric Akita, existem no Brasil, 24 competições em diversas categorias oficiais, tanto de softbol quanto de beisebol. Akita diz que o Brasil vêm melhorando no ranking mundial. “Infelizmente, o espaço na mídia é quase inexistente. Mas, devido aos recentes resultados expressivos conquistados pelo beisebol brasileiro em competições no exterior, principalmente nas categorias de base, nós já somos respeitados internacionalmente”, informou.

O Brasil é hoje a terceira potência do beisebol na América do Sul, ficando atrás apenas da Venezuela e da Colômbia. Em 2005 foi campeão Sul Americano e em 2003 foi sétimo no Mundial (melhor colocação na história do beisebol brasileiro). Já o softbol tem resultados menos expressivos em relação ao beisebol, mas também é considerada a terceira potência na América do Sul. Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, ambas as Seleções Brasileiras terminaram na sétima colocação.

Eric Akita diz que mesmo com esses resultados expressivos, o esporte ainda é considerado amador, e lista as principais dificuldades de praticá-lo no Brasil. “Destacamos duas barreiras para a prática desses esportes no Brasil. A primeira está relacionada com as dimensões do campo, semelhantes à de um campo de futebol oficial. A segunda dificuldade é a de obter os materiais esportivos, estes todos importados já que não existem empresas que fabriquem no Brasil”, comentou.

Em relação às diferenças do beisebol e do softbol, elas estão basicamente nas dimensões do campo, da bola, no tempo e na forma como a arremessam. No softbol o campo é menor e a bola é maior. A duração da partida do softbol é menor e a forma de arremessar é diferente – arremessa-se obrigatoriamente com um movimento em que a bola é lançada abaixo da altura do cotovelo do seu autor.

No Recife a prática do beisebol começa a tomar forma, como explica Eduardo Menezes, jogador do único time declarado da cidade. “A idéia já existia há muito tempo. Conseguimos nos unir a partir do Orkut, mas alguns dos membros já se falavam antes, através do fórum Strikeout.com que é um fórum exclusivo de beisebol. O nosso time é recente e o primeiro treino só aconteceu em outubro deste ano. Mas já contamos com 12 jogadores efetivos e em torno de mais 15 que vão com menos freqüência. Estamos procurando times dispostos a jogar um amistoso”, explicou.

O time treina em um campo alugado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Um dos componentes do grupo estuda lá e conseguiu alugar o campo por um preço bom. O pessoal da Federal foi muito receptivo e é hoje a casa do beisebol de Recife”, disse Menezes.

Ainda na UFPE, acontecem treinos de outro esporte não tão popular assim – o rúgbi. O time recifense é o Recife Rugby Club, que segundo o jogador do time, o Argentino Marchelo Blanco (o rúgbi é muito popular na Argentina) a equipe está em terceira no ranking nordestino, atrás de Natal e Salvador. Não há um ranking nacional.

Em relação às dificuldades Blanco é categórico. “O espaço é uma das dificuldades. A receptividade do publico é boa, agora é só acrescentar esse publico ao esporte. O rúgbi é uma filosofia de vida, então tem estigmas e paradigmas, mas toda pessoa que entra não sai, a não ser que a escala de prioridades pessoal do atleta já esteja formada e não mude com nada. Mesmo assim ele nunca esquecerá do esporte”, declarou. 

Sim, existem mulheres praticando rúgbi. Quem vê um esporte de força como esse pode imaginar o porquê de uma mulher praticar o esporte. Para as mulheres do rúgbi recifense, o jogo está acima de qualquer interpretação errônea.

É o caso da estudante de mestrado em Matemática da UFPE, Giovana Siracusa, que joga no time feminino do Recife Rugby Club há um 1 ano e 3 meses. “Por ser um esporte de contato e as mulheres serem mais delicadas do que os homens, as pessoas não associam o esporte à mulher, mas no nosso clube já conseguimos respeito e até ajuda dos jogadores e treinador. Às vezes os atletas do time masculino nos treinos esquecem um pouco das limitações que temos e exigem mais da gente do que podemos. Mas nós levamos isso numa boa e tentamos sempre melhorar com as criticas. Agora preconceito mesmo eu não sinto” disse.

 

Touchdown nas areias – Já nas praias brasileiras, quem não entende o mínimo desses jogos pode até confundir o rúgbi com o futebol americano. Na verdade são dois esportes totalmente distintos em relação às regras, à bola e ao campo.

Com a dificuldade de se conseguir os materiais mínimos para a prática do futebol americano no campo, os brasileiros adaptaram o esporte para as areias das praias.

Os times foram formados primeiro nas praias do Rio de Janeiro, onde hoje existe um campeonato organizado, o Carioca Bowl, que faz alusão ao principal campeonato da liga Norte Americana o Super Bowl.

Talvez por isso tenham sido os primeiros a trazer um parâmetro mais sério ao esporte, formando times padronizados e trazendo certas proteções aos praticantes como o protetor bucal, como explica Marcello Miranda, jogador do time carioca, Botafogo Reptiles. “Bem o futebol americano mesmo, já existe nas praias cariocas, anos antes de eu começar a jogar. Rolava uma leve brincadeira entre amigos, tipo uma famosa pelada de final de semana, mas não era uma coisa de nível de disputas de torneios e jogos oficiais, como é hoje praticado. O primeiro torneio oficial mesmo no rio de janeiro, foi iniciado ano de 2000”, informou.

No Recife, dois times despontam hoje como os principais da cidade. São o Recife Mariners e o Recife Pirates, que são dissidentes de outros times que acabaram não dando certo, como o Recife Firebirds, o North Lions e os Carcarás Zona Norte. Na época que esses times existiram, a cidade começou a apresentar características de que seria formado um campeonato, mas sempre as obrigações dos integrantes como trabalho e estudos, os impediam de continuar.

Para o jogador do Recife Pirates, Guilherme Ely, uma das grandes dificuldades de se praticar o esporte em Recife está ligada ao espaço. “O campo tem de ser grande, coisa que na nossa orla é impossível. Não podemos jogar muito bem, devido às dezenas estacas de vôlei presentes na faixa de areia da praia de Boa Viagem”, informou.

Para Rafael Brasileiro, jogador do Recife Mariners há a idéia de se formar uma liga nordestina. “Existe no papel a Associação Nordestina de Futebol Americano (ANEFA). Se ela sair, muita coisa vai mudar. A esperança é que já aconteça um circuito no nordeste ano que vem, o que seria muito bom. Em Abril de 2008 vai acontecer a segunda reunião da ANEFA em Fortaleza, a primeira foi em Julho de 2007 em Natal, para tentarmos tirar essas idéias do papel e colocarmos na prática”, disse.

Segundo Guilherme Ely, muitas pessoas acabam tendo uma visão errada sobre o esporte, estigmatizando-o como violento. Acho que todos pensam que o futebol americano é só porrada. Uma visão completamente errada sobre o esporte. Pois é um esporte que depende muito da estratégia e de trabalho em equipe. Não vou dizer que o jogo não tenha contato, mas como jogamos na praia, sem proteção (exceto para os dentes) algumas coisas são evitadas como a mão fechada e as cabeçadas”, informou Ely.

Rafael Brasileiro acredita que o esporte tem tudo para tornar-se popular a ponto de se profissionalizar. “Por que não? Não existe futebol de areia? Vôlei de praia? O futebol americano de praia é muito bom pela visibilidade. Aqui como no RJ as pessoas não vão à praia apenas para tomar um banho de mar – às vezes vão caminhar, conversar e terminam vendo o esporte – a visibilidade é muito maior que no campo. O que seria importante é o apoio do ministério dos esportes. Se você observar existem mais de 100 times de futebol americano ativos no País. É um fenômeno que cresce a cada dia só, falta alguém que queria comprar a idéia e ajudar, coisa que de certo modo a ESPN e Bandsports, canais que transmitem a NFL já fazem”, comentou.

 

Vencedores – A grande semelhança entre o Botafogo Reptiles (RJ) e o Recife Mariners (PE), talvez seja o grande desempenho que os dois times vêm mostrando nos jogos. O Botafogo Reptiles, é o time que mais vezes foi campeão do Carioca Bowl, 4 vezes, ficando duas vezes com o vice-campeonato  e tendo conquistado 1 troféu da Taça Rio. Já o Mariners, apesar de não haver ainda um campeonato nordestino, vêm demonstrando uma competência incrível, vencendo seis dos seus últimos jogos com times do Nordeste.

Para Rafael Brasileiro do Mariners, os principais motivos para o bom desempenho do time se devem ao conhecimento a fundo do esporte, treinamento, organização e total dedicação dos jogadores. “Nós temos jogadores que já jogaram em colégios nos Estados Unidos, isso já é uma bagagem enorme sem falar no Emerson que é nosso técnico e Fullback que já jogou futebol universitário que é o celeiro de jogadores da National Football League (NFL) que é a principal liga Norte Americana. Ou seja, nós temos conhecimento da base do futebol americano, isso ajuda muito em questão de jogadas, de treinamentos específicos e no estudo do jogo”, explicou.

Já Marcello Miranda do Botafogo Reptiles, diz não saber ao certo o motivo da eficiência do time. “Não sei bem como explicar o sucesso do time. Posso dizer sim, que é uma equipe que procura sempre o melhor. Procuramos treinar com freqüência, nos organizar em delegações de tarefas no time. Nós levamos realmente o esporte a sério, chegando a ter até concentração antes dos jogos para se ter uma noção”, explicou.

Rodrigo Valle Barradas

15 comentários

  1. o fórum do baseball é http://www.forumstrikeout.net 🙂

    GO MATS
    GO MARINERS 😀


  2. Adorei!


  3. eua e bra


  4. RECIFE RUGBY CLUB PASSOU POR AQUI!!!!!
    AVANTE TUBARÕES!!!!


  5. Vaaai Mariners!!!


  6. Vaaai Mariner’s!!!


  7. rugbi,clicket,basebol,ninguem merece sao esportes ridiculos!!!!!o que rola é futebolllllllllllll cara!!!!!!!


  8. fircou muito bom.


  9. vopu pegar para fazer trabalho ta?
    valew,muito obrigado.beijos


  10. ODIEI
    que bosta é essa?
    perdi cinco minutos da minha vida lendo isso
    vcs deviam se envergonhar!
    ora bolas, .-.
    beijos by lucian


  11. ODIEI
    que bosta é essa?
    perdi cinco minutos da minha vida lendo isso
    vcs deviam se envergonhar!
    ora bolas, .-.
    beijos by lucia


  12. parabéns um espetaculo parecia um cxirco de palhaço


  13. gostei


  14. amei


  15. eu queria saber sobre tres esportes nao populares no brasil:



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