Enfim, uma matéria “ecologicamente correta”, ou não.
Aquecimento Global, Efeito-Estufa, Protocolo ou Tratado de Kyoto e Biocombustíveis. Ao que parece, o termo Ecologia não sairá de moda tão cedo. Ainda que a camada de ozônio desapareça por completo, ou a selva amazônica vire fumaça, sempre haverá alguém para levantar essa bandeira.
Os Estados Unidos, por exemplo, acreditam que assuntos como esse não passam de “conversa para boi dormir”. Senão, vejamos: Debaixo das asas republicanas de George Wayne Bush, os norte-americanos optam por confabular sobre a quantidade de bilhões necessários para enviar hispânicos, negros e outros “coitados” ao Iraque.
Enquanto isso, os níveis de poluentes emitidos pelas indústrias mundiais e, principalmente por nossos brothers lá de cima, ultrapassam a estratosfera. Pois é, amigo leitor. Ecologia e economia nunca estiveram tão próximas como agora.
Em recente visita aos “bons e velhos sites de busca”, li que nos próximos dias 24 e 25 de maio, Luiz Inácio Lula da Silva irá se reunir em Brasília com o presidente do Panamá, Martín Torrijos. Em pauta, os planos do Brasil para produzir biocombustíveis, além de outros assuntos de interesse mútuo.
Já em São Paulo, uma outra reunião está marcada entre Torrijos e um grupo de cinqüenta empresários para tratar de novos e oportunos investimentos no país da América Central, cujo PIB equivale a 2.256 dólares per capita. Destaco o anúncio feito por grandes construtoras brasileiras no ano passado, relativo à ampliação do Canal do Panamá, além do biodiesel a ser produzido por lá.
A fim de discutir o cooperativismo e o avanço no uso de fontes alternativas para produção de energia, o chanceler panamenho, Samuel Lewis Navarro, reuniu-se com o ministro de Relações Exteriores Celso Amorim, e o assessor de Lula Marco Aurélio Garcia, para assuntos internacionais em dezembro último. Em maio de 2006, Luiz Fernando Furlan, à época ministro de Desenvolvimento Indústria e Comércio, aprovou a instalação no Panamá, de um centro de distribuição de produtos brasileiros.
Torçamos, então, para que o alargamento do Canal do Panamá, que está orçado em US$ 5,25 bilhões não venha a provocar um rombo nos cofres públicos do Brasil e de nossos hermanos também. ▪
PEDRO BRAZ NETO.